VII Copa do Mundo da FIFA - 1962
Mané Garrincha
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Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Garrincha e Estrela Solitária, Um Brasileiro Chamado Garrincha. De Ruy Castro.

Manoel Francisco dos Santos, o Mané Garrincha ou simplesmente Garrincha, (Magé, 18 de outubro de 1933 — Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 1983) foi um futebolista brasileiro que se notabilizou por seus dribles desconcertantes apesar, ou exatamente, pelo fato de ter suas pernas tortas. É considerado entre os especialistas de futebol como um dos maiores jogadores da história do futebol em todos os tempos. No auge de sua carreira, passou a assinar Manoel Francisco dos Santos, em homenagem a um tio homônimo, que muito o ajudou.

Garrincha, "O Anjo de Pernas Tortas", foi um dos heróis da conquista da Copa do Mundo de 1958 e, principalmente, da Copa do Mundo de 1962 quando, após a contusão de Pelé, se tornou o principal jogador do ataque brasileiro. A força do seu carisma ficou marcada rapidarmente nos palavras do grande poeta de Itabira, Carlos Drummond de Andrade: "Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios."

De origem humilde, com quinze irmãos na família, Manoel dos Santos é natural de Pau Grande, distrito de Magé (Rio de Janeiro). Ruy Castro afirma em seu livro "Estrela Solitária - Um Brasileiro Chamado Garrincha" que sua irmã o teria apelidado de Garrincha, fazendo uma associação com um passarinho muito comum na região serrana de Petrópolis, conhecido por este nome.

Uma das características marcantes que envolvem a figura de Garrincha relaciona-se à uma distrofia física: as pernas tortas. Numa perspectiva frontal, por exemplo, sua perna esquerda, seis centimetros mais curta que a direita, era flexionada para o lado direito, e a perna direita, apresentava o mesmo desenho. Afirma Ruy Castro em seu livro que já teria nascido assim, mas há vários depoimentos no sentido que tenha sido seqüelas de uma poliomielite.

Com catorze anos de idade começou a jogar no Esporte Clube de Pau Grande e seu talento, já manifestado, despertou a atenção de Arati: um ex-jogador do Botafogo. Após uma breve passagem por um time de Petrópolis foi treinar no time da Estrela Solitária. Não se sabe com certeza quem o levou a fazer um teste no Botafogo, mas Ruy Castro afirma ser verdadeira a história de que, nos minutos iniciais do primeiro treino, ele teria dado vários dribles em Nílton Santos, o qual já era um renomado jogador.

Na maior parte de sua carreira Garrincha defendeu o Botafogo (no período de 1953-1965) e a Seleção Brasileira (de 1957-1966). Jogou alguns meses no Sport Club Corinthians Paulista (1966) e no Clube de Regatas do Flamengo (1969). Jogou por pouco tempo no Olaria (1972). Teve uma partida disputada pelo Vasco, em um amistoso contra o Bangu, marcando um gol nesta partida. Sua contratação não foi fechada pela equipe cruzmaltina devido a sua má condição física e foi devolvido ao Sport Club Corinthians Paulista após o supracitado amistoso.

Garrincha participou também de vários amistosos pelo Brasil e pelo exterior, integrando o Milionários (formado por veteranos com carreiras encerradas); o time da AGAP-RJ (Associação de Garantia ao Atleta Profissional do Estado do Rio de Janeiro); diversas equipes amadoras da Itália, e clubes sem expressão do interior do Brasil.

Garrincha foi derrotado pelo alcoolismo, morreu em 20 de janeiro de 1983.

Jogou sessenta partidas pelo Brasil entre 1955 e 1966. Em todos os seus jogos, participou de apenas uma derrota (de 3 a 1 para a Hungria na Copa de 66). Com Garrincha e Pelé jogando ao mesmo tempo, o Brasil nunca perdeu.

Nos clubes, jogou 614 vezes, marcando 245 gols pelo Botafogo. Também atuou pelo Corinthians, Flamengo e o Olaria no Brasil, e pelo Atletico Junior da Colômbia. Sua carreira profissional se prolongou de 1953 a 1972.

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